Nova edição do programa Mentores que Transformam promove troca de experiências entre mais de 100 mentores voluntários do Grupo Cyrela e jovens que estão entrando no mercado de trabalho
A 3ª edição do Programa Mentores que Transformam se encerrou em outubro e foi um grande sucesso. A edição contou com 119 jovens mentorados por colaboradores do Grupo Cyrela, que puderam compartilhar suas experiências no mercado para quem está começando a carreira profissional. O programa é uma realização do Instituto Cyrela em parceria com o Instituto Joule.
Na primeira edição realizada este ano, conhecemos a história de Deborah Bento, que participou como jovem mentorada e hoje trabalha em uma das empresas do Grupo Cyrela. Hoje, será a vez de conhecer Hynde Fonseca Neto, participante desta edição, diretor de novos negócios da CashMe e mentor do jovem Carlos Henrique Conde Mundim. Confira a seguir como foi esta vivência.
Mentoria para jovens
Veterano na área de voluntariado, Hynde já participou de várias ações ao longo da carreira. Desde arrecadação de mantimentos, reformas, até entrega de presentes para crianças em situação de vulnerabilidade social. “Apesar de eu fazer mentoria há bastante tempo, principalmente com executivos e com colegas da própria empresa, com esse público foi a primeira vez. E a experiência foi extremamente gratificante”, conta Hynde.
Vontade de fazer acontecer e de crescer, garra e brilhos nos olhos foram alguns dos pontos que ele percebeu nos jovens mentorados – tanto nos que ele acompanha no dia a dia da carreira, quanto neste processo do Mentores que Transformam. “Eles mergulham, têm profundidade, têm começo meio e fim, sabem o que querem. A gente nota um imediatismo inerente da geração, mas eles conseguem trabalhar a ansiedade”.
Por meio da mentoria, é possível ajudar os jovens a conseguirem gerenciar as próprias expectativas em relação ao futuro. “Se você mostra para eles que não faz sentido trocar de emprego a cada 12 meses, porque ainda não se concluiu um ciclo, eles conseguem perceber o trade off do imediatismo com o que vão perder lá na frente, ou deixar de ganhar, trilhando um caminho por mais 1 ou 2 anos. Eles conseguem ter esse discernimento, então é gratificante demais a experiência de estar com esses jovens”, considera.
A importância da mentoria
Carlos Mundim foi o jovem mentorado por Hynde nesta edição. Estudante do terceiro ano de administração e interessado por tecnologia, o match com a história profissional de Hynde foi certeiro. “A mentoria me ajudou demais! Foi uma coisa totalmente importante, e acho que eu não estaria na vaga que estou hoje se não tivesse feito a mentoria”, considera Carlos.
Para ele, a mentoria foi crucial para trazer clareza e posicionamento. “Existe uma diferença muito grande entre o que você é, o que você consegue fazer e o que você consegue passar para os outros. Então o que meu mentor me ajudou foi tanto a mostrar oportunidades e áreas com as quais me identifico mais, quanto a poder contar quem eu sou e a minha própria história. E isso fez muita diferença”.
Durante a mentoria, Carlos aplicou para uma vaga com 70 mil inscritos e ficou entre os 100 finalistas. Mas a entrevista rendeu a ele a possibilidade de conhecer uma executiva, que o convidou a participar de uma segunda entrevista para o mesmo grupo, na qual Carlos foi o selecionado.
“Eu sou o primeiro da família a ir para a faculdade, então de mercado eu ainda não tinha base, não sabia como funcionava. E ele me deu algumas noções de como falar para demonstrar o que estudei, a dedicar tempo para a empresa e não ser só mais um ali. Essas coisas ajudaram a me destacar”.
A vivência rendeu a ele uma vaga além das expectativas. “É muito além do que eu estava procurando. A minha expectativa era entrar em um lugar que eu tivesse perspectiva de crescimento e que pudesse aprender muito, em algo que eu gostasse. E o retorno está sendo muito além, eu nem sabia que era possível aprender o tanto que eu estou aprendendo”.
Pontos positivos de atuar como mentor
Em contrapartida, Hynde revela o quão rico é compartilhar histórias. A mentoria traz a oportunidade de olhar para os próprios acertos e dificuldades, e de aprender com o processo. Como exemplo, ele lembrou de uma das perguntas trazidas à mentoria: “como saber a hora de se posicionar em uma reunião com toda a diretoria?”. A partir daí, Hynde precisou fazer um processo de empatia, relembrar quando ele tinha 21 anos, e refletir sobre o próprio processo de construção de credibilidade na carreira.
“Nossa, foi por esse motivo que eu tive uma dificuldade enorme de criar relações e conexões dentro daquela empresa! Que atitude antipática ou arrogante que eu tive lá atrás, porque não era eu falando com a diretoria, era o meu ego. São coisas que aconteceram há 30 anos, mas que eu revisito e aprendo”, exemplifica.
Ser mentor também fez e faz com que ele continue a se desenvolver. “Quando eu paro para revisitar como foi a minha experiência, onde eu sofri, onde poderia ter economizado tempo se alguém tivesse me dado um toque, aprendo comigo mesmo”, avalia.
Outro ponto surpreendente para o diretor nesta etapa do Mentores que Transformam foi o quão profundo o jovem se dedicou para entender a empresa para a qual estava aplicando para a vaga. Carlos trouxe perguntas sobre como fazer análise da concorrência, estudo de viabilidade do case e questões regulatórias. “Se esse jovem está mergulhando antes de entrar na empresa em temas como esses, imagina o quão brilhante ele será ao entrar na empresa?”, considera Hynde.
Para Carlos, a vivência foi igualmente rica. “A mentoria foi totalmente uma virada de chave! Foi um momento de inflexão, que realmente achatou a curva e me fez ir mais rápido do que eu iria se estivesse sozinho. A mentoria me ajudou a descobrir meu propósito de carreira”, considera.
Renovação e legado
Para os jovens que estão na dúvida se vale a pena fazer mentoria, Carlos compartilha uma lembrança. “O Hynde me falou algo que fez muito sentido e me impactou demais: ‘você já tinha tudo! Já tinha conhecimento, disposição, vontade e já sabia mais ou menos o que queria. Você só precisava de uma pessoa para lapidar isso e eu fui essa pessoa’. A mentoria é isso! A pessoa já é tudo, já tem experiência, já viveu a vida dela e se esforça, só que às vezes, esse empurrãozinho, esse norte, faz total diferença!”, finaliza.
Hynde também revela quão rica é a experiência e conta que faz parte da vivência se organizar e planejar para conciliar as atividades de voluntariado com a vida profissional e pessoal. Para ele, a principal questão é a manutenção do tempo e o equilíbrio. “Talvez, ao mergulhar no assunto, você vai perceber que aquilo era muito mais simples do que imaginava. Talvez perceba que você pode mergulhar um pouco mais para fazer algo mais complexo, interessante e construtivo”, pontua.
O diretor revela que fica muito feliz quando recebe uma ligação ou mensagem de um antigo mentorado, contando sobre como está indo bem, como funcionou uma dica ou como uma prática foi interessante. “Se nós entendemos que estamos partilhando nosso tempo para dividir conhecimento e a nossa trajetória, ajudamos os jovens a economizar tempo”.
No final do processo de mentoria, Carlos conquistou a sonhada vaga e Hynde se sentiu energizado e feliz consigo. Ao compartilhar, ele considera que constantemente se renova como indivíduo e torna-se mais relevante. Uma troca que se faz fundamental para o constante desenvolvimento da sociedade, daqueles que já tem uma carreira consolidada e também para aqueles que farão parte das empresas no futuro.
>> Conheça mais sobre como surgiu o projeto Mentores que Transformam na Cyrela