Institutos debatem filantropia na Semana do conhecimento 2019

De 7 a 11 de outubro, a Cyrela realizou a Semana do Conhecimento. O evento teve como foco os colaboradores da companhia e trouxe, dentre os painéis de debate, uma apresentação de quatro iniciativas de filantropia que contam com a chancela da Cyrela ou do sócio-fundador da Cyrela, Sr. Elie Horn: os institutos Cyrela, CCP, Liberta e o Movimento Bem Maior. Embora possuam missões diferentes, os quatro institutos compartilham a mesma essência e estão interligadas no conceito principal de investimento em projetos de relevante impacto social. Conheça a seguir cada uma das iniciativas:

Instituto Cyrela

A Gerente de Responsabilidade Social, Débora Costa Galvão, representou o Instituto Cyrela e o Instituto CCP durante a Semana do Conhecimento. Débora destacou que dentro do terceiro setor são vários os tipos de organizações. Tanto Instituto Cyrela quanto Instituto CCP são institutos empresariais, que possuem uma mantenedora – que nestes casos são as empresas Cyrela e CCP.

“Nelas, a gente tem um conceito de valor compartilhado. É um ganha-ganha: a sociedade ganha, o público ganha e a empresa ganha, então sempre tem uma relação do negócio com o território e a gente sempre busca levar a marca Cyrela e CCP. A gente tem um foco estabelecido, que no caso do Instituto Cyrela é a educação e no Instituto CCP a gente está muito forte em empreendedorismo e empregabilidade”, descreveu Débora.

O Instituto Cyrela atua desde 2011 com investimento em educação. Com o propósito de fazer o bem e assim transformar o futuro, o IC tem como foco ações que atendam demandas da primeira infância ao primeiro emprego, beneficiando crianças e jovens nas cidades em que a Cyrela atua. As ações são realizadas anualmente de acordo com o repasse de 1% do lucro líquido da empresa Cyrela para o orçamento do Instituto.

Débora também enfatizou as ações de voluntariado promovidas com e para os colaboradores da Cyrela, como é o caso do Dia da Ação Voluntária (DAV), realizado anualmente em agosto nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Em 2019, o DAV atingiu recorde de participações, com mais de 500 colaboradores e mais de 80 instituições parceiras.  “Em São Paulo, por exemplo, 35 empresas foram com a gente na ação. Estamos mobilizando pessoas a fazer o bem que é a nossa grande missão aqui”, complementou Débora.

Instituto CCP

O Instituto CCP é também uma organização da sociedade civil, criada e mantida pela Cyrela Commercial Properties (CCP) para a gestão das ações de responsabilidade social da companhia. Todo ano, 1% do lucro líquido da CCP é doado ao ICCP para que as iniciativas de investimento social sejam realizadas. O foco de atuação está em apoiar e articular iniciativas inovadoras que potencializam a mobilidade social e o bem-estar das pessoas e comunidades de acordo com as demandas específicas das comunidades localizadas no entorno expandido dos empreendimentos da CCP.

Entre os resultados estimados para as ações, estão o crescimento da empregabilidade dos participantes dos programas de acesso ao mercado de trabalho promovidos pelo Instituto CCP; o aumento da renda dos participantes de nossos programas por meio de iniciativas de empreendedorismo; e o aumento da geração de bem-estar individual e coletivo das pessoas que vivem e trabalham nas áreas em que a CCP opera.

Instituto Liberta

Elie Horn, que também é membro do Giving Pledge, assumiu o compromisso de realizar a doação de parte de seu patrimônio pessoal para causas sociais. Dessa forma, definiu como uma de suas missões, combater a exploração sexual de crianças e adolescentes. É com este objetivo que o Instituto Liberta trabalha: com campanhas de conscientização sobre a exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil em todas as suas formas.

Paula Lottenberg, analista de projetos, foi a representante do Instituto Liberta durante a palestra. Ela destacou que nesses quase três anos de existência, a entidade se dedica a combater e a conscientizar sobre a exploração sexual infantil de crianças e adolescentes. O tema – pouco abordado no país – vitima no Brasil ao menos 500 mil crianças e jovens menores de 18 anos, que são abusados, estuprados ou sofrem outros tipos de violência do gênero no país.

“Crianças e adolescentes não se prostituem, elas são exploradas. Isto é, elas têm relações sexuais em troca de alguma coisa que pode ser dinheiro, comida, passeio ou carona, mas tem essa troca mercantil e isso configura exploração sexual”, destacou Paula. Está neste ponto a importância da realização de campanhas, entre as quais levar a temática para alunos de escolas do estado de São Paulo, para tratar da violência sexual contra crianças e adolescentes e enfatizar o papel da escola como parte de uma rede de proteção.

Movimento Bem Maior

No início das palestras em que foram pontuadas as missões dos institutos, o Sr. Elie Horn apresentou a presidente do Movimento Bem Maior, Carola Matarazzo e afirmou: “esta organização se dedica a combater a pobreza, miséria, a não educação e a ajudar a primeira infância. Temos que em 10 anos acabar com a miséria, pobreza, ignorância e com maus tratos às crianças. Se queremos, vamos conseguir. A palavra ‘não’, não existe”, defendeu Horn.

Em sua explanação, Carola esclareceu que no último ano o Bem Maior trabalhou na formatação de um movimento de filantropia para atingir algumas causas sociais no Brasil, tais como a pobreza, a injustiça social, a exploração sexual, a educação e a cultura de doação. “Quando a gente fala em filantropia, parece que só dá para fazer vindo de quem tem muito a doar para quem tem pouco. Mas a palavra filantropia vem do grego e quer simplesmente dizer amor à humanidade. E para amar a humanidade, a gente não precisa ter muito dinheiro. Basta acreditar que o amor, a fé e o trabalho árduo focado com eficiência podem fazer as transformações necessárias”, enfatizou.

A presidente do Bem Maior afirmou ainda que o instituto pretende desenvolver métricas para entender o quanto consegue influenciar a sociedade civil no movimento filantrópico. “A nossa missão é dobrar a filantropia no Brasil nos próximos 10 anos em relação ao PIB brasileiro, de 0,2% para 0,4%”, completou Carola.