Instituto Cyrela adapta atuação ao longo de 2020 para ampliar alcance a quem mais precisa, em meio à pandemia
Estrategicamente destinado a ações que visem a melhoria da educação pública, especialmente nos territórios onde há empreendimentos da companhia, o Instituto Cyrela, em 2020, viveu o desafio de adaptar parte da atuação para ajudar a diminuir os efeitos gerados pela pandemia do COVID-19. Foram diversas a ações cujo objetivo foram saúde, assistência social, inclusão digital, sustentabilidade das organizações sociais e educação por meio da conectividade de jovens. Foram destinados 25% do investimento anual do IC para este fim, totalizando R$1.000.141 neste combate.
“Com o início da pandemia, tivemos que rapidamente redesenhar toda a nossa estratégia do ano e ter bastante flexibilidade com os projetos já contratados. Saímos de uma atuação mais estrutural para uma atuação bastante assistencialista e emergencial. Tivemos que olhar projeto a projeto e redefinir metas e prioridades junto com as organizações, e muitos projetos tiveram que ser paralisados em função da necessidade emergencial das comunidades atendidas. Sem dúvida foi um ano muito desafiador para todos do terceiro setor que tiveram que adequar a rota com o barco não só em movimento, mas em chamas também”, conta Débora Costa Galvão, gerente de responsabilidade social no Instituto Cyrela.
Assistência social
Na área de assistência social, em 2020 foram cinco ações de doação de cestas básica, totalizando mais de 9.600 cestas doadas. O ano começou com uma ação para estimular os colaboradores fazerem doações financeiras para compra de cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social. Intitulada #JuntosFazemosMais, a campanha consistiu no Instituto Cyrela duplicar cada real investido pelos colaboradores. Como resultado, 30 toneladas de alimentos e produtos de higiene, em 1.232 cestas foram arrecadadas e destinadas a 3 organizações: CIC Oeste, em São Paulo (SP) Noiz, no Rio de Janeiro (RJ) e Banco de Alimentos, em Porto Alegre (RS). A ação culminou no total de R$ 86.108,00 em doações.
Ao longo do ano, famílias que estavam sofrendo mais com o impacto do isolamento social foram auxiliadas por meio de investimento destinado a organizações da sociedade civil. Foi o caso do Centro de Promoção Social Bororé, localizado em São Paulo (SP), que foi alvo de doação de 52 cestas básicas, num valor total de R$ 3.614,00. Outra instituição atendida foi o Ampliar, que recebeu 180 cestas básicas para serem repassadas a organizações parceiras, no valor total de R$ 9.900,00. O IC também realizou a doação de 8.146 cestas básicas a colaboradores próprios e terceiros que recebem salário mensal de até R$2.500. Foram investidos neste fim R$ 546.189,30. E, ainda, a partir do saldo residual da parceria realizada em 2019, dois Centros de Educação Infantil localizados na Diretoria Regional de Ensino Freguesia do Ó / Brasilândia receberam 304 cestas básicas, em parceria com a Fundação Abrinq, numa ação que totalizou R$19.482,17
“Tivemos motivações distintas na escolha dos projetos para doação, mas a que permeia todos os escolhidos é a confiança de que o recurso chegará nas famílias em vulnerabilidade. Demos preferência a colaboradores da Cyrela, organizações já parceiras do IC e que fazem um trabalho sério nas comunidades, e também a organizações indicadas pelos nossos voluntários, que foram fundamentais neste processo de identificação e validação de boas práticas”, afirma Débora.
Cultura de doação
Além disso, outro fato chama a atenção. Com o apoio dos colaboradores da Cyrela, foi possível ampliar as ações de assistência social, e manter ainda mais acesa a cultura do voluntariado na organização.
“Nós ficamos muito felizes com a adesão dos nossos colegas. A cultura da doação de fato faz parte da cultura da Cyrela e isso está muito relacionado ao exemplo do Sr. Elie. Sempre lembrando que ‘um exemplo vale mais do que mil palavras’”, comenta Aron Zylberman, diretor executivo do Instituto Cyrela.
Comitês de voluntariado também fomentam ações assistenciais
Luana Mota, embaixadora do IC do Rio de Janeiro e membra do comitê de voluntariado, lembra que o Instituto Cyrela não tem foco assistencial: “a gente usa o 1% que iria para o investidor de uma forma muito estratégica. Mas, de fato, este ano foi inevitável fazer esse papel e a gente ficou muito tempo enquanto comitê tentando encaixar uma ação que preservasse o distanciamento, mas que ainda assim fizesse sentido e colaborasse”, explica.
Dentre as realizações do ano na RJZ Cyrela, com cunho assistencial, esteve a campanha Sua foto vale uma cesta, que ajudou a regatar o espírito solidário do DAV (Dia da Ação Voluntária) por meio de fotos e depoimentos compartilhados nas redes sociais. No total foram 176 posts compartilhados, que renderam o mesmo número em cestas doadas para instituições do Rio de Janeiro (relembre como foi esta ação). “Hoje o papel do comitê é gerar trabalho voluntário, então a gente não podia simplesmente pegar uma verba e comprar tudo em cesta, a gente precisava gerar um engajamento dentro da regional”, explica Luana.
Já na Regional Sul a vitória na gincana nacional do DAV 10 anos deu direito a uma tonelada de alimentos a mais para doar a uma organização social da região. No total foram 4 toneladas destinadas para o Banco de Alimentos, instituição de Porto Alegre, nesta ação, que foi realizada em agosto. “A regional dentro do possível ajudou bastante dentro da pandemia. A gente fez algumas ações de Instituto Cyrela nível Brasil corporativo”, celebra a analista de RH e uma das líderes do comitê na Regional Sul, Ketlyn Brock.
E em São Paulo, um dos projetos recentes exigiu do comitê de voluntariado uma nova solução para viabilizar a ação de Natal. Neste ano, em função da pandemia, não foi possível fomentar as entregas de brinquedos para crianças em situação de vulnerabilidade social presencialmente no escritório de São Paulo. Para solucionar, a equipe do comitê encontrou uma alternativa inovadora: fechar parceria com sites de brinquedo para gerar uma lista online de possibilidades e com frete grátis.
A ONG de atendimento às crianças em situação de vulnerabilidade social, por sua vez, atuou tornando a experiência personalizada. “As pessoas receberam como lição fazerem uma cartinha toda desenhada, e a instituição teve o cuidado de fazer algo humanizado, para cada voluntário saber o nome e idade, e receber um desenho e uma fotinha de cada criança”, conta Jaqueline Siqueira, colaboradora do Controle Financeiro e membra do comitê de voluntariado de SP. Como resultado, a ação obteve quase o dobro de participantes em relação ao originalmente previsto. No início, estimava-se um atendimento a 220 crianças, mas com o engajamento maior dos colaboradores em 2020 foi possível atender 432 crianças. “A gente doou o dobro daquilo que a gente estava planejando, e sem contar que a cada brinquedo doado, foi doado também uma cesta básica para outra instituição”, comemora Jaqueline.
Reponsabilidade social: perspectivas para 2021
Os desafios frente à pandemia persistem no ano que está prestes a começar. “Provavelmente em 2021 ainda teremos algumas ações emergenciais, mas a meta é seguir com nossa estratégia de contribuir para a causa da educação em territórios estratégicos para a Cyrela. Tudo vai depender da melhora ou não da pandemia”, antecipa a gerente de responsabilidade social do IC.
Já o diretor do Instituto Cyrela trabalha com a meta de ampliar a verba destinada às ações do Instituto Cyrela. “Eu não tenho sonhos, tenho metas. A principal é convencer o Conselho de Administração da Cyrela a dobrar o investimento que faz no nosso Instituto. Passar de 1% do lucro líquido, para 2%. O Sr. Elie já sinalizou que vê isso com muita simpatia, mas essa não é uma decisão individual dele, o Conselho de Administração, que representa todos os sócios da Cyrela, tem que aprovar. Quem sabe isso já aconteça para 2022, sobre o resultado de 2021”, estima Aron Zylberman.