Programa prepara jovens em situação de vulnerabilidade para o mercado de trabalho

Parceria entre o Espro e o Instituto Cyrela realiza cursos de capacitação profissional para milhares de jovens

Formação para o Mundo do Trabalho. Este é o sonho de muitos jovens brasileiros que vivem em situação de vulnerabilidade social e o nome do programa desenvolvido pelo Espro – Ensino Social Profissionalizante em parceria com o Instituto Cyrela. Considerada a principal ação social do Espro, esta formação atende, anualmente, mais de 20 mil jovens no Brasil. Sediada na capital paulista, supre a demanda nacional com filiais estrategicamente localizadas nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Brasília, Porto Alegre e Campinas.

A consultora de projetos socioeducacionais no Espro, Glaucia Casalli Dias Fernandes, explica que a parceria com o Cyrela surgiu em 2013. Ela esclarece que entre os jovens que participam do programa cerca de 60% estão em situação de alta ou altíssima vulnerabilidade. “O intuito do programa é reforçar conteúdos como comunicação, matemática, português e como se comportar em uma entrevista”, explica Glaucia. Em seguida os jovens são inseridos no programa Jovem Aprendiz. Vale destacar que por vulnerabilidade social, entende-se jovens de baixa renda, uma vez que o objetivo principal do programa é gerar a possibilidade de desenvolvimento social e profissional. Dentre os aspectos mais comuns que caracterizam o estado de vulnerabilidade social, estão as condições precárias de moradia e saneamento, meios inexistentes de subsistência ou ausência de um ambiente familiar.

De acordo com Glaucia, o Espro envolve o jovem, a sua família e a comunidade. “As famílias são convidadas a participar de oficinas de fortalecimento de vínculo com as nossas assistentes sociais para que haja uma transformação também na família”, relata a consultora. Dentro desse propósito estão as oficinas de geração de renda. “Buscamos informações sobre as necessidades dessas famílias para fazer uma capacitação para a realização de trabalhos autônomos, que possam gerar um complemento de renda”, explica.

Empregabilidade

Os últimos levantamentos do Espro apontam um índice expressivo de 50% de empregabilidade entre os jovens formados. Além disso, um acompanhamento apura situações como os motivos de evasão. O número de alunos que se evadem do curso é baixo e em muitos casos ocorre pelo fato de o jovem ter conseguido um emprego, o que minimiza o efeito da evasão, uma vez que o objetivo de alcançar um emprego foi alcançado.

Atuando há 40 anos, o Espro conta com 2.700 parceiros em atuação nacional. “Preparamos o jovem e depois procuramos inserir nos programas de aprendiz dos nossos parceiros”, afirma Glaucia. São elaborados relatórios que apontam a empregabilidade dos jovens ou a participação em processos seletivos. Segundo ela, o apoio de parceiros como o Instituto Cyrela é imprescindível. “O Instituto Cyrela sempre é representado nos eventos de formatura ou nas aulas inaugurais quando possível. A própria empresa busca, por meio do seu programa de jovem aprendiz, fazer o aproveitamento dos jovens”, explica a consultora.

No final dos cursos, é realizado um evento de formatura. “É bacana, porque é um momento emocionante para os pais, que podem presenciar uma conquista do filho. A gente sempre brinca: que seja a primeira de muitas formaturas que eles possam participar”, comenta Glaucia.

Além do Formação para o Mundo do Trabalho, o Espro também já promoveu em parceria com o Instituto Cyrela o programa Mentoria. Nele, por meio de uma divulgação interna, a Cyrela buscou voluntários para atuar como mentores dos jovens da Espro, auxiliando na formação. O Instituto Cyrela também já realizou doação de roupas e calçados obtidos por meio de outra ação.

“O intuito do nosso programa é fazer essa capacitação, mas principalmente de fazer uma transformação social na vida desse jovem. Trabalhamos para atender à essa expectativa e realizar essa transformação social para ele e para a família”, conclui Glaucia.