Uma formação integral precisa ir além do aprendizado técnico. Ela deve incluir também as chamadas competências socioemocionais. São elas quem oferecerão suporte a cada indivíduo para lidar com as próprias emoções, por meio de habilidades como autoconhecimento, autoestima, autonomia e resiliência. Elas também auxiliam nas relações interpessoais, ao desenvolver senso de colaboração, empatia e respeito. E, por fim, auxiliam nas atitudes para o dia a dia, por meio da ética, do aumento de capacidade para lidar com situações complexas e da persistência.
O Instituto Revoar tem como objetivo o desenvolvimento integral do ser humano com foco nas competências socioemocionais. E, para isso, está em linha com os 4 pilares da educação definidos pela Unesco: aprender a conhecer, a fazer, a ser e a conviver.
Por ter em mente que o conhecimento é a base para uma vida mais plena, o Instituto Cyrela cria novas parcerias, visando sempre promover a qualidade de vida, a saúde e o desenvolvimento dos municípios e comunidades em que está inserido. É o caso no Instituto Revoar, uma organização que promove a educação para jovens em situação de vulnerabilidade social no Rio de Janeiro.
“Nosso objetivo é ajudar a fornecer uma educação mais integral para todo ser humano. Colaborar para um melhor desenvolvimento emocional da sociedade”, explica Carolina Machado de Senna Figueiredo, co-gestora do Instituto Revoar.
“Hoje sabemos que ao desenvolver o lado emocional a pessoa tem mais chances de ser bem-sucedida na vida, seja profissionalmente, na vida em família, em relacionamentos ou mesmo no estudo. Criamos mais chances para que cada um possa ter uma vida plena”, complementa Carolina.
Aprender a conviver
Como lidar com as emoções? Como reagir a elas? Como podemos “regular” as nossas emoções? Para responder a essas e outras dúvidas, o Instituto Revoar foca em despertar e aprofundar nos jovens a consciência de suas habilidades, sonhos e vocações.
Esse tema é tão sério, que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reforça a importância da aprendizagem dos aspectos socioemocionais em seu material. Seguindo o alinhamento da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), a BNCC reconhece que “a educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza”.
Carolina explica que é possível desenvolver as competências socioemocionais por meio de conversas e dinâmicas de grupo: “Essas competências podem ser ensinadas ao longo da vida. Assim, ajudamos esses jovens a ter melhores condições para fazer escolhas mais alinhadas com seus propósitos”.
“A educação do caráter não se faz por meio dos livros”
A frase acima é uma citação do psicólogo francês Gustave Le Bon, autor de “Psicologia das Multidões” e retrata um dos principais desafios da realidade escolar brasileira: a educação social e emocional. Para termos uma ideia do quanto essa questão é delicada, Carolina nos traz a seguir um exemplo recente.
Durante a primeira aula ministrada em uma das escolas municipais do Rio de Janeiro (RJ), por meio deste projeto em parceria com o Instituto Cyrela, alguns jovens informaram que sofrem de depressão e que se ferem propositalmente. “Eles contaram que não querem levantar da cama, que tomam remédios, uma série de coisas… a adolescência é uma fase intensa, com mudanças internas, psicológicas e sociais, mas eles não foram ensinados sobre como lidar com tudo isso”, revela Carolina.
A gestora explica que o assunto sequer havia sido abordado. Uma prova de que os jovens precisavam daquele estímulo para lidar com emoções e sentimentos. “Ao criar um espaço de acolhimento e segurança, eles puderam se conhecer um pouco mais. Recebemos vários relatos de depressão, síndrome do pânico e também sobre tentativas de suicídio entre os jovens”.
De acordo com Carolina, nas escolas particulares esta situação também acontece. “Não depende do contexto social em que o jovem está inserido. Essa geração está, realmente, com algumas questões delicadas”, esclarece a gestora do Revoar.
Para Carolina, as competências cognitivas, fortemente presentes em nosso modelo educacional (ligadas à parte racional, às análises, etc.), acabam concentrando o foco nas escolas, deixando o ensino e o desenvolvimento das competências socioemocionais em segundo plano. A gestora explica que trabalhar o lado emocional, desenvolver as competências socioemocionais e consolidar esse aprendizado possibilita alcançar um desenvolvimento integral e mais completo, tanto para as crianças, quanto para jovens e adultos.
Confira alguns depoimentos de jovens que participaram das atividades de nossa parceria com o Instituto Revoar:
Graças a essa parceria com o Instituto Revoar, sabemos que, ao investir para que as competências socioemocionais sejam ensinadas nas escolas brasileiras, o Instituto Cyrela colabora com a formação de jovens mais seguros de si, mais cooperativos e mais conscientes de seus sentimentos e das necessidades dos outros. E, portanto, mais preparados para a vida.
>> Conheça mais sobre o Instituto Revoar: www.institutorevoar.com