Comitês adaptam atividades para promover voluntariado mesmo durante a pandemia

Mentorias online e ações de reforço de vínculo voluntário movimentam os comitês de voluntariado das 3 regionais

Em meio à pandemia, as demandas sociais não cessam. Ao contrário, tornam-se ainda mais necessárias e impactantes. Por isso, os comitês de voluntariado das regionais Rio de Janeiro, São Paulo e Sul realizam uma série de encontros para projetar ações criativas e que possam gerar impacto social e oportunidades de voluntariado aos colaboradores da Cyrela, mesmo à distância.

Confira a seguir o que cada comitê está realizando para manter as oportunidades de voluntariado nas regionais da Cyrela:

Regional São Paulo

Em São Paulo, o comitê iniciou inscrições em agosto, em parceria com o Instituto Joule, para mentorias individuais destinadas a 44 jovens de baixa renda, de 18 a 26 anos. Com início das seções virtuais no dia 2 setembro, a ação está em curso, e conta com a participação de 45 mentores da Cyrela (incluindo uma co-mentoria). O programa envolve desde planejamento de carreira, a oficina de Linkedin e currículo e preparação para entrevistas de emprego.

No total, serão três meses, em que os jovens passarão por oito trilhas que darão suporte aos encontros online: teste de perfil, teste vocacional, plano de carreira, vida e metas, construção de um currículo e Linkedin, criação de networking, preparação para entrevistas, busca de oportunidades acadêmicas e de emprego.

As colaboradoras Jaqueline Siqueira (Controle Financeiro), Laura Fernandes (Controladoria) e Natalia Guimarães (Jurídico CashMe) fazem parte do comitê de voluntariado e estão coordenando as ações de voluntariado em São Paulo. Elas contam que há desafios para planejar e executar atividades que lidem com todas as dificuldades impostas pela pandemia, e que ao mesmo tempo engajem os colaboradores a participarem. “Aqui na regional São Paulo as equipes são muito mão na massa, gostam de estar lá, fazendo o projeto, vendo o resultado, e quando isso não acontece, a expectativa não é tão grande. Então, com o apoio do Instituto Cyrela, fomos atrás de ações que pudessem trazer esse resultado”, explica Laura.

E para isso, a parceria com o Instituto Joule foi fundamental, tanto na metodologia do projeto de mentoria, quanto na seleção de jovens realmente engajados em participar como mentorados. “O mais legal foi o suporte do Joule, o passo a passo do que a gente precisava fazer para ter uma listagem dos alunos, internet e acessibilidade para eles, e como estruturar os encontros de mentoria”, conta Jaqueline.

E o ambiente virtual acabou por trazer uma oportunidade extra: a chance de maior participação de gestores. “Um ponto que gente percebeu é que, por ser virtual, colaboradores de variados cargos puderam participar, de estagiários a diretores. Teve uma abrangência bem bacana. Todos viram que a mão na massa também pode ser virtual”, analisa Natalia.

Com a filantropia fortemente presente na cultura da Cyrela, a mentoria também gera o compartilhamento de experiências entre as diferentes sedes. “A ação une a empresa como um todo. Eu trabalho em um prédio, a Laura em outro e a Natalia em uma startup, e pelo que a gente viu na listagem das pessoas que estão participando como mentores, engloba todos também”, destaca Jaqueline.

O comitê em paralelo à mentoria já está trabalhando na gestão de outras duas ações para o ano.

Regional Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, o comitê regional realizou uma ação online para engajar os voluntários nesse momento da pandemia: a ação “Sua foto vale uma cesta”. Para isso, desenvolveram a hashtag #correntedobemrjzcyrela e os colaboradores foram convidados a compartilhar em suas redes sociais ações de voluntariado que tenham participado e marcar o Instituto Cyrela ou encaminhar o print da publicação por e-mail, caso tivessem um perfil privado.

“As pessoas começaram a postar fotos de DAVs antigos, marcar os amigos e essas pessoas começaram então a repostar. Foi muito legal que a gente teve 174 fotos postadas e em torno de 60 pessoas efetivamente engajadas. E a gente considerou esses 174 como o número de doação de cestas para instituições que a gente já tinha mapeado anteriormente”, conta Luana Mota, embaixadora do IC do Rio de Janeiro e uma das líderes do comitê de voluntariado.

A escolha das instituições também contou com a indicação dos colaboradores. Foram no total 7 indicações e o comitê se dividiu para entrar em contato com cada instituição para entender as necessidades. Destas, foram escolhidas 2 instituições para a distribuição das cestas básicas.

“As pessoas ainda estão sensibilizadas e as instituições ainda estão precisando de cestas. A gente vinha de DAVs muito crescentes, muito grandes dentro de escolas, mas trazer as pessoas de casa para uma ação presencial não era uma opção agora. Então, a gente fez uma ação criativa, simples, rápida, para que a gente pudesse ajudar atingir o objetivo”, complementa Luana.

Glaucia Goes é mãe da colaboradora da RJZ Cyrela Thais Goes e conta o que a motivou a participar do DAV em anos anteriores e compartilhar as lembranças na #CorrentedoBem. “Eu sou mãe, e todos os meus 4 filhos tiveram acesso a escola particular, com todo conforto e lazer. Então me toca saber que esse projeto é voltado para crianças que não acesso a nada disso – que é um direito que está na Constituição a criança ter acesso ao estudo e a lazer”.

As lembranças trouxeram à tona a importância do estímulo ao voluntariado. “Eu vi escolas nas quais a Cyrela trabalhou, que as crianças não tinham nem mesmo espaço de lazer, era só areia, não tinha um pátio na escola. Isso me toca muito por eu ser mãe e por eu também ter tido acesso à escola, à lazer. Todo bem deve ser aplaudido, incentivado, estimulado. Não custa nada, um pequeno gesto que pode fazer a diferente na vida de muitas crianças e famílias”, completa Glaucia.

Uma próxima ação já está em curso, com o mote de comunicação #CorrentedoBem, para continuar fomentando a participação voluntária e a energia de doação. Novidades em breve.

Regional Sul

Já em Porto Alegre, o destaque foi a ação Compartilhando Talento, que teve como foco mentoria para mulheres em reabilitação de dependência química. Dividido em duas fases, o projeto foi realizado em parceria com a Casa Marta e Maria e atendeu no total 16 mulheres.

Rita Fagundes, analista de suprimentos e uma das líderes do comitê de voluntariado, conta que a equipe no Sul “é muito participativa, muito mão na massa”, e que a pandemia trouxe o desafio para adaptar ações que fossem possíveis de serem realizadas digitalmente. “Acredito que dentro do possível nós conseguimos fazer algumas ações bem significativas, mesmo à distância. Nós terminamos o Compartilhando Talento no início do mês. Foram gravadas aulas, além da mentoria para mulheres em recuperação de dependência química. Foi muito interessante, teve uma boa adesão tanto dos voluntários quanto da instituição”, considera.

O resultado também surpreendeu a analista de RH e uma das líderes do comitê na regional Sul, Ketlyn Brock. “A gente está em uma empresa que é enraizada nessa cultura. Quem entra aqui já conhece e tem esse olhar diferente para o outro, por fazer o bem, está nos nossos valores, na cultura da empresa. Porém, notamos que nesse período houve pessoas que conseguiram se identificar ainda mais com o voluntariado. Foi um momento que abriu bastante os olhos das pessoas para o bem, para o próximo”, considera.

O projeto consistiu em duas fases: uma série de vídeos gravados pelos voluntários com orientações sobre Excel, artes, dicas de como fazer um currículo, entre outros temas profissionais e de vida. E uma segunda fase, de mentoria online semanal, com 8 mulheres. “Na casa, há mulheres da primeira fase que ainda não podem ter contato com o mundo externo”, explica Rita.

“A gente conseguiu ter muito êxito do Compartilhando Talento. Foi superbacana e a gente teve um feedback maravilhoso tanto dos voluntários quanto das participantes. O voluntariado faz muito bem para nós. Se nossas mentoradas acham que cresceram, elas não têm noção do quanto nos engrandecem enquanto ser humano”, destaca Ketlyn.

O resultado foram emocionantes depoimentos, que continuaram repercutindo inclusive em outras ações na Casa Marta e Maria. Em meio a uma atividade de reconhecimento de emoções, com estimulo à gratidão, uma das mulheres relembrou o quanto a ação fez diferença na vida dela. “Os pequenos grandes movimentos de um voluntariado sempre fomentam boa colheita. Um grande abraço para vocês”, agradeceu Flavia, coordenadora do projeto na Casa Marta e Maria.

Rita complementa explicando que muitas vezes uma pequena ação faz uma diferença imensa na vida de quem precisa. “O que para nós é tão básico, como montar um currículo, para elas é completamente diferente e elas precisam dessas informações para se reinserirem no mercado. Elas passaram por um momento tão difícil, então precisam de alguém para guiar, para apontar um caminho um pouco mais fácil”, explica.

Novos projetos de voluntariado já estão em curso também na Regional Sul. Mais novidades em breve. Confira no vídeo a seguir um pouco do Compartilhando Talento:

Motivação para fazer o bem

E nesta corrente de oportunidades, o crescimento é compartilhado por todos. “O sonho de consumo de duas líderes é que as pessoas entendam o quanto o bem transforma. Eu não sei o que a gente faz da vida se a gente só pensar na gente. As pessoas tinham que ter noção do quanto vão crescer se doando um pouquinho para o outro”, comenta Ketlyn Brock.

“Eu gosto muito de participar do voluntariado e fiquei muito feliz com a escolha de ser líder do comitê por esse crescimento pessoal. O Sr. Aron (Zylberman, diretor executivo do IC) fala algo que me identifico muito: com o voluntariado você cresce e ganha muito mais do que quem recebeu o voluntariado. Vejo que como profissional estou muito mais paciente depois de participar das ações de voluntariado, tenho uma relação interpessoal muito mais bacana, mais compreensiva, então toda vez que posso, propago isso”, compartilha Natalia Guimarães.

“Eu tenho certeza que qualquer pessoa que faça trabalho voluntário uma vez, não vai parar de fazer, porque é muito gratificante. É muito importante para a gente também como ser humano, porque nós sabemos que estamos aqui também para ajudar os outros, para fazer o bem. E tu ir deitar a noite sabendo que hoje fez alguma coisa diferente que mudou a vida de uma pessoa, não tem nada mais significativo”, finaliza Rita Fagundes.