Jovem mentorada por uma voluntária Cyrela é contratada na CashMe
Em 2020, o comitê de voluntariado de São Paulo, em parceria com o Instituto Joule, desenvolveu um projeto de mentoria online para 44 jovens de baixa renda, de 18 a 26 anos. O intuito foi contribuir para o início da carreira desses jovens e entrada no mercado de trabalho. Deu tão certo que em 2021 o projeto ganhou âmbito nacional e tornou-se o programa Mentores que Transformam.
Esse ano, o Grupo Cyrela começou a colher frutos desta parceria – contratou uma das mentoradas do projeto para a Cashme, Deborah Bento, que hoje é analista junior na área de treinamento e desenvolvimento. “Entrei no projeto por indicação de uma ex-gestora minha, da empresa em que eu trabalhava. Ela me enviou um post no Facebook e eu me inscrevi logo. Não imaginava que este programa poderia mudar minha trajetória profissional”, conta Deborah.
Participação no “Mentores que Transformam”
No início do projeto, Deborah ficou em dúvida se a iniciativa seria ideal para o momento dela, uma vez que ela já tinha currículo pronto e perfil no LinkedIn. “O framework era bem mais voltado ao início da carreira. Mas todas estas preocupações acabaram quando conheci a Renata Meireles, que é a minha mentora. Ela compreendeu que eu estava num momento mais avançado da trilha do material do Instituto Joule e adequou a mentoria às minhas necessidades. Neste período, participei de processos seletivos para trainees de algumas empresas e ela me auxiliou a fazer o pitch, por exemplo”, relata Deborah.
A mentoria também auxiliou Deborah num momento em que ela precisou escolher um direcionamento para sua carreira. “Eu passei num processo seletivo para trabalhar numa área mais voltada para produtos e negócios, mas com a mentoria vi que eu queria direcionar minha carreira para a área de RH e, com isso, acabei declinando”, afirma.
Networking: primeiro contato com o grupo Cyrela
O projeto Mentores que Transformam também foi fundamental para gerar um networking para Deborah – e foi assim que ela teve seu primeiro contato com o grupo Cyrela. “No final do ano passado, quando ainda trabalhava na Adidas, desenvolvi um projeto de estágio para aumentar a seleção de pessoas negras na empresa. A minha mentora na Cyrela, Renata, quis que eu apresentasse esse mesmo projeto no grupo e assim eu fui apresentada ao time da empresa”, relembra Deborah.
Este encontro acabou rendendo frutos. Alguns meses depois, Renata comunicou à Deborah que haveria uma vaga disponível no Grupo Cyrela, para a Cashme, em sua área de atuação. Como o estágio na Adidas estava chegando ao fim e a vaga seria descontinuada no Brasil, Deborah fez a entrevista e foi selecionada.
“No primeiro encontro, eu já pude perceber que a cultura da empresa era muito aberta e que tinha um clima leve e isso tudo me atraiu. Quando pesquisei sobre a Cashme e vi que tinha muito essa questão de tecnologia e aceleração isso me atraiu muito. Além disso, o cargo de analista júnior seria o próximo passo na minha carreira, então foi perfeito”, comenta.
Novos planos na Cashme
Um dos pontos fortes que Deborah vê no Grupo Cyrela é o clima colaborativo, em que as pessoas se ajudam, e a cultura de autonomia. Embora tenha entrado há pouco tempo na empresa, Deborah já vislumbra alguns passos como ter um programa de onboarding mais estruturado, que permita integrar ainda mais os colaboradores.
De mentorada à mentora?
Quando perguntada se participaria como mentora do projeto “Mentores que Transformam”, Deborah é categórica: “Com certeza. Já na Adidas fui mentora de uma jovem aprendiz e hoje ela ocupa a vaga de estágio que era minha – ela soube aproveitar para aplicar para o cargo. Durante todo o processo fui dando essa mentoria para ela”.
Para os jovens, Deborah indica estarem sempre atentos às oportunidades que aparecem. “Eu poderia ter deixado pra lá. Eu recebi o post em um dia e logo o prazo para se inscrever terminou. É bom não deixar as coisas para depois, pois pode ser algo que mudará sua carreira, como foi o meu caso. Embora o programa não tenha o foco de contratar novos profissionais para o grupo Cyrela, ele proporciona um networking interessante e os mentores estão preparados para trabalhar com o momento de cada jovem, não é algo engessado. Além disso, proporcionou uma troca de conhecimento entre os mentorados – alguns puderam praticar o inglês, enquanto outros tiveram aulas de Excel, por exemplo”, conclui.